A sensação de aprender!


A cada dia descobrir que existe um sol diferente do de ontem é a primazia do aprendizado. 
- Maurilo Santos
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Dito isto, viva!




O futuro da vida, 
quem crítico dela é,
 ser platéia é destino
 sem apreciá-la. 

Maurilo Santos
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Feliz quem sabe.



Escrever da inconstância das coisas perante a vida sempre causou-me um lapso paradoxal, dito que, os momentos em que fiquei nessas ideias causou grande aborrecimento, porém que me satisfez. Não quero causar grande monotonia, o mais enfático para mim é falar de si, falar de outros causa sensaboria pois o que é entendido, é entendido individualmente, acredito nisso. Acreditar faz bem, pois não existe um meio em que sem a fé exista entendimento, e perante todas essas coisas como disse, inconstantes, isso ajuda. E digo mais; recomendo ter a expressão, talvez de um poeta, de estar em uma lacuna entre o mundo e o desconhecido, vivendo e preenchendo-se, pode parecer meio arriscado de viver mas tenha a certeza que nos torna mais constantes felizes.


Inspiração do texto:
Portanto está entendido quando Mário Quintana disse em Carta: "[...] Quanto mais individual, mais universal..."
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Corre valente!


Corre valente! 
Espera teu amanhecer acordado, 
Prediz teu anoitecer passageiro. 
Afinal, reconhece, és o vaso ou o oleiro? 

Tens vida, oh garrida vida...
Frios não esperam teu vibrar,
Reconhece! Como não falar? 

Como sois forte
Afável ser...
Traças logo esse teu norte.
Tenaz caminho, pois se sentes...
sabes. 
Maurilo Santos.
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Procura da Poesia



Não faças versos sobre acontecimentos.

Não há criação nem morte perante a poesia.

Diante dela, a vida é um sol estático,
não aquece nem ilumina.
As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.
Não faças poesia com o corpo,
esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica.



Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro

são indiferentes.
Nem me reveles teus sentimentos,
que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem.
O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.



Não cantes tua cidade, deixa-a em paz.

O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas.
Não é música ouvida de passagem, rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma.



O canto não é a natureza

nem os homens em sociedade.
Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam.
A poesia (não tires poesia das coisas)
elide sujeito e objeto.



Não dramatizes, não invoques,

não indagues. Não percas tempo em mentir.
Não te aborreças.
Teu iate de marfim, teu sapato de diamante,
vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família
desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável.



Não recomponhas

tua sepultada e merencória infância.
Não osciles entre o espelho e a
memória em dissipação.
Que se dissipou, não era poesia.
Que se partiu, cristal não era.



Penetra surdamente no reino das palavras.

Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.



Chega mais perto e contempla as palavras.

Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?



Repara:

ermas de melodia e conceito
elas se refugiaram na noite, as palavras.
Ainda úmidas e impregnadas de sono,
rolam num rio difícil e se transformam em desprezo.

Carlos Drummond de Andrade 
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Ah Quintana...


Mas o que quer dizer este poema? - perguntou-me alarmada a boa senhora. E o que quer dizer uma nuvem? - respondi triunfante. Uma nuvem - disse ela - umas vezes quer dizer chuva, outras vezes bom tempo... 

Mario Quintana.
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