A Cristo Crucificado

Não me move, meu Deus, para querer-te
O céu que me hás um dia prometido:
E nem me move o inferno tão temido
Para deixar por isso de ofender-te.

Tu me moves, Senhor, move-me o ver-te
Cravado nessa cruz e escarnecido.
Move-me no teu corpo tão ferido
Ver o suor de agonia que ele verte. 

Moves-me ao teu amor de tal maneira,
Que a não haver o céu ainda te amara 
E a não haver o inferno te temera.

Nada me tens que dar porque te queira;
Que se o que ouso esperar não esperara,
O mesmo que te quero te quisera.

AUTOR ESPANHOL NÃO IDENTIFICADO (Séc. XVI)

Tirei do livro Alguns poemas traduzidos por Manuel Bandeira, indico.


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Dez dias e onze noites



Eu poderia segurar a madrugada em minhas costas
Abraçar cada momento, questionar cada segundo
Mas como todo pássaro é
Não desejo conhecer o mundo

Já tenho asas;
Já tenho o mundo em minhas asas...
E se não entendo alvoroço
Vivo nessa vida de moço

Não me chame moralista
As muitas vezes em que tentei,
Tentei nesse meu coração covarde de artista,
Que lutou a luta na fraqueza,
Motivado ou não,
Porém jamais em pobreza.

Conheci o incerto
Batalhei na certeza
A fé é mesmo estranha
Nessa terra de moleza

E ai de mim, ai
Com fraqueza...
Eu poderia segurar a madrugada em minhas costas.


Comecei esse poema na noite do dia 06/12/2014 terminei hj, 16.
Só pra avisar, esse ano só publiquei duas vezes apenas em janeiro e agora em dezembro, mas agora vou retomar com mais coisas pois 2015 terá boas histórias pela graça de Deus.

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